Trump assina decreto que oficializa tarifa de 50% sobre produtos brasileiros
A medida confirma o percentual mencionado pelo líder republicano em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês.
Nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que estabelece uma tarifa extra de 40% sobre produtos importados do Brasil, elevando a taxa total para 50%. A medida confirma o percentual mencionado pelo líder republicano em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês.
Segundo a Casa Branca, a decisão foi uma reação a atitudes do governo brasileiro que, na visão americana, colocam em risco a segurança nacional, a política externa e a economia dos EUA, classificadas como uma ameaça “incomum e extraordinária”.
Com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977 (IEEPA, na sigla em inglês), o governo norte-americano declarou uma nova situação de emergência nacional.
No comunicado oficial, o governo dos EUA justificou a ordem executiva citando práticas do Brasil que estariam prejudicando empresas americanas, restringindo a liberdade de expressão de cidadãos dos EUA e afetando interesses estratégicos do país.
Apesar da medida, alguns produtos ficaram de fora da nova tarifa. A lista de exceções inclui tanto itens específicos quanto mercadorias que já estavam sendo transportadas rumo aos Estados Unidos antes da vigência da ordem. Para se enquadrarem nessa exceção, os produtos precisam desembarcar em território americano até o dia 5 de outubro.
Veja a seguir os principais itens que não serão afetados pela nova taxa:
Castanha-do-brasil
Suco e polpa de laranja
Fertilizantes
Artigos de aeronaves civis não militares
Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre
Madeira
Celulose
Metais e minerais como silício, ferro-gusa, alumina, estanho
Diversos tipos de carvão, gás natural, petróleo e derivados