Setembro Amarelo: cuidar da vida é a maior prevenção
Os números do suicídio são alarmantes e nos mostram a urgência de olharmos para a saúde mental com a seriedade que ela exige.
Setembro é o mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio, um período para reforçar a importância de atuarmos ativamente na valorização da vida. O Setembro Amarelo nos convida a quebrar tabus, discutir abertamente sobre o assunto e, principalmente, oferecer apoio e esperança àqueles que enfrentam momentos de profunda dor e desespero. É um lembrete de que a vida tem um valor inestimável e que a ajuda está sempre disponível.
As estatísticas e a urgência da atenção
Os números do suicídio são alarmantes e nos mostram a urgência de olharmos para a saúde mental com a seriedade que ela exige. No Brasil, assim como em muitas partes do mundo, as taxas de suicídio variam significativamente entre gêneros. Dados indicam que, no país, 12,6% a cada 100 mil homens morrem devido ao suicídio, em comparação com 5,4% a cada 100 mil mulheres.
Essas estatísticas, embora dolorosas, reforçam a necessidade de políticas e ações preventivas direcionadas, considerando as particularidades de cada grupo.
É fundamental entender que, por trás de cada número, há uma vida, uma história e uma família impactada. O suicídio não é uma questão de fraqueza, mas sim o resultado de um sofrimento psíquico intenso, muitas vezes invisível aos olhos de quem está ao redor.
Identificando os sinais e observando ativamente
Um dos maiores desafios na prevenção é a dificuldade em identificar os sinais de alerta. Muitas vezes, a pessoa que está sofrendo já deu "pedidos de ajuda" explícitos ou implícitos, ou suas atitudes estão "gritando socorro", mas quem está por perto não consegue observar a gravidade da situação. A falta de informação ou o medo de abordar o tema podem nos impedir de agir no momento certo.
É crucial estar atento a mudanças de comportamento, falas ou situações que podem indicar que alguém está em sofrimento. Sinais como a expressão de desesperança, com frases como "não aguento mais", "queria sumir" ou "não vejo sentido na vida", e mudanças bruscas de humor, como irritabilidade excessiva, apatia ou isolamento, merecem atenção imediata.
A ajuda começa com a observação ativa e a disposição para ouvir sem julgamentos. Se você perceber alguém com esses sinais, não hesite em agir: escute com empatia, mostre que você se importa e pergunte diretamente e com calma se a pessoa pensa em suicídio. Leve a situação a sério, ofereça apoio para que ela busque ajuda profissional e, se a pessoa estiver em risco iminente, não hesite em buscar o apoio de familiares ou profissionais, mesmo que ela peça sigilo.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) disponibiliza materiais valiosos para a prevenção. Recomendamos a leitura da cartilha “Suicídio: Informando para Prevenir", que pode ser acessada por meio deste link para mais informações e orientação.
Cuidar da saúde mental é um ato de amor. Que o Setembro Amarelo nos inspire a sermos mais atentos, empáticos e proativos na construção de uma rede de apoio que valorize cada vida em Itupeva e em todo o Brasil.