Pedalar em áreas verdes amplia benefícios do ciclismo, revela pesquisa da USP
O ciclismo regular já é conhecido por melhorar o sono e fortalecer músculos e articulações.
O ciclismo, cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros, vai além de um meio de transporte ou de exercício físico: pedalar em áreas verdes potencializa seus efeitos positivos sobre a saúde e o bem-estar. É o que revela uma pesquisa conduzida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP.
O estudo, liderado por Emerson Barão, doutor em Ecologia Aplicada e ciclista, analisou como o ambiente influencia a experiência de quem pedala. “Temos medidas para validar, ver a consistência e a coerência da escala [psicométrica]. Não é só um questionário simples, já que essas escalas devem ser traduzidas para o idioma e validadas no contexto”, explicou o pesquisador, que desenvolveu a tese no Laboratório de Áreas Naturais Protegidas (Lanp), com apoio do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
Para chegar às conclusões, Barão realizou testes com grupos que pedalavam em diferentes cenários — urbanos, rurais, áreas verdes e regiões protegidas — utilizando questionários presenciais e métodos psicométricos validados. A constatação foi clara: o contato com a natureza é fator determinante na escolha do local para a prática, além de trazer ganhos psicológicos.
O ciclismo regular já é conhecido por melhorar o sono e fortalecer músculos e articulações. Agora, as evidências mostram que escolher paisagens naturais pode fazer a pedalada render ainda mais para corpo e mente.