Duestesia: uma dupla que transforma o amor em música
Gabi e Leonardo unem paixão e talento para criar canções que emocionam e conectam pessoas.
Que o amor une, não é nenhuma novidade. Pelo contrário, é a maior verdade desde que o mundo é mundo. Mas em alguns casos, um amor em comum pode levar à criação de algo mágico, até sublime. Como foi o caso do surgimento da Duestesia, dupla musical formada por Gabi Gandolfi e Leonardo Marchi, surgida do amor em comum pela música e também de um pelo outro.
Os dois se conheceram em 2019, mas apenas quando Gabi foi estudar aulas de violão com Leonardo, em 2020, foi que a amizade cresceu, depois se tornando algo mais.
“A aproximação se intensificou cada dia mais, tanto pelas semelhanças quanto pelas diferenças. Logo nos demos conta de que poderíamos ser bons parceiros. Aí, de um amor em comum [a música] nasceu outro”, conta Leonardo, sobre o nascimento da dupla e início do relacionamento.
“Através de muitas trocas e conversas longas, profundas e reflexivas sobre a vida, fomos percebendo que algo de especial e verdadeiro havia nascido. A cada composição, a gente foi vendo o trabalho, as ideias e as letras de um complementando perfeitamente o do outro. A junção de personalidades, intensidades, letras, melodias, sentimentos, histórias de vida, paixões e sonhos é o que resulta em tudo que o Duestesia é hoje”, comentam os integrantes.
Primeiros passos
Antes mesmo do Duestesia sequer sonhar em existir, no entanto, a dupla já tinha uma longa ligação com a música, construída com amor, dedicação e paixão.
“Ambos somos apaixonados por música desde que éramos crianças e sempre estivemos em contato com ela de alguma maneira”, revela Gabi. “Eu sempre quis ser cantora e viver de música, mas era super tímida, então não levava essa possibilidade tão a sério”, entrega.
Gabi, que hoje tem 27 anos e é formada em relações públicas, começou a fazer aulas de canto com 15 anos e, desde então, estudou diferentes técnicas, como canto lírico, popular, violão e teclado. As aulas de violão, aliás, foram um momento crucial para o nascimento do Duestesia, já que foi o motivo inicial que a aproximou de Leonardo.
“Eu já sabia tocar algumas músicas, mas sempre por conta, olhando cifras na internet, aí decidi que havia chegado o momento de fazer aulas, para entender sobre técnicas, ritmos, teoria musical, notas, acordes, harmonias, etc.”, explica Gabi, que, com o tempo, percebeu que sua afinidade maior era com o teclado e cita como suas principais influências MPB, pop leve, e rock.
Do outro lado da dupla, Leonardo tocava violão desde os 10 anos de idade, tendo acumulado experiência para lecionar também em guitarra e teclado. Aos 29 anos de idade, é formado em música e pedagogia e foi um dos fundadores e guitarrista da banda de rock autoral Spine Shiver, além de já ter integrado um grupo cover do Mamonas Assassinas. Também foi produtor e guitarrista de cantores sertanejos e chegou até a fazer pequenas turnês com eles.
“Em alguns momentos, até tentei sair desse mundo de arte, cultura e música, mas algo sempre me puxava de volta”, conta Leonardo, que diz ter muita influência internacional, principalmente do rock, pop e folk.
Duestesia
Em 2020, Gabi e Leonardo começaram a gravar vídeos para a internet e compor músicas autorais. Eles ainda não sabiam, mas era o início da dupla.
Foi apenas em janeiro de 2021 que decidiram oficializar o projeto, escolhendo um nome que refletisse a essência do trabalho que gostariam de construir juntos.
“‘Duestesia’ é uma fusão de palavras: dueto/duo/dupla + ‘aisthesis’, do grego, termo relacionado à sensação, percepção, capacidade de sentir o mundo. Essa palavra remete ao desejo do duo de despertar emoções nas pessoas que de alguma forma se conectam com sua arte”, explica Gabi.
“Duestesia acaba sendo resultado da mistura do que os dois gostam e levam para dentro da atmosfera do duo”, completa Leonardo.
O caminho até aqui
A união musical que resultou em um relacionamento amoroso e na criação do Duestesia se tornou o compromisso mais sério da vida da dupla, que optou por se dedicar integralmente à música, com a maior parte do tempo investindo em trabalho autoral como artistas independentes. O restante do tempo é utilizado para apresentações em bares, restaurantes, eventos corporativos, feiras e festivais.
“Viver de arte no Brasil é bastante desafiador, então, nesse sentido, é possível aprender muito com cada situação, seja ela de pequeno ou grande impacto. Assim, nos apresentamos em qualquer lugar que precise de boa música ao vivo, essa é nossa principal fonte de renda atualmente”, detalha Leonardo.
Essa divisão acaba sendo um dos grandes desafios para a dupla. “Apesar de o autoral ser o nosso principal objetivo, ainda não conseguimos torná-lo uma fonte de renda que substitua o cover. Esse, inclusive, acaba sendo um desafio para muitos artistas independentes, pelo que temos conversado por aí”, avalia.
O artista reflete ainda que cada lançamento, cada trabalho realizado é uma conquista.
“E acaba que este é também o maior desafio, principalmente pelo momento que o mundo está passando. Tudo é muito rápido, recebemos inúmeras informações de todos os lados e está cada vez mais difícil processar tanta coisa. Acaba sendo complicado, pois tem sido desafiador fazer as músicas e o conteúdo chegar às pessoas”.
O sucesso é mais do que uma promessa
O Duestesia tem apenas alguns anos de vida, com a promessa de muitos anos de sucesso à frente. E os projetos não param.
“A curto prazo, vamos finalizar os lançamentos deste ano (o último está previsto para novembro de 2025) e, para o próximo ano, pensamos em produzir e lançar algumas versões acústicas de músicas inéditas, mas também de algumas que já lançamos”, conta Leonardo, completando que, a longo prazo, o sonho é viver integralmente da música autoral, fazendo shows pelo país inteiro e se conectando verdadeiramente com pessoas que gostem e consumam o trabalho da dupla.
Para tanto, os dois mantêm uma rotina intensa nas redes sociais. Só no Instagram (@duestesia), são quase 18 mil seguidores que acompanham os lançamentos, bastidores e o dia a dia dos artistas.
Já no canal do YouTube, os artistas concentram principalmente os videoclipes oficiais, como O Peso de Crescer, que acumula mais de 22 mil visualizações em dois meses e traz versos como “Eu tinha um mundo inteiro de alegria com você; só agora entendi, qual é o peso de crescer”; e Metonímia, que tem trechos como “você pensa tanto que até se esquece de sentir, a simplicidade e a força de uma onda no mar, a leveza de um pássaro a cantar, e o amor de quem ao seu lado está”.
Por fim, Gabi e Leonardo celebram a parceria, tanto musical quanto amorosa, e o reconhecimento que chega.
“Cada pessoa que chega, que conhece o nosso trabalho e fica, ouve, consome, é uma conexão nova e vemos isso como uma das maiores conquistas do nosso trabalho, porque é muito especial isso. Um artista depende muito das pessoas que consomem a sua arte para que ela possa ser propagada e compartilhada adiante”, refletem os artistas.
“A arte envolve a troca com cada pessoa que cruza o nosso caminho e isso é uma das coisas mais lindas dessa jornada que é viver de música”, finalizam.