Colégio Trevo transforma a educação em Itupeva unindo tradição e inovação
Conheça a história do Colégio Trevo em Itupeva, que combina tradição, inovação e dedicação familiar para oferecer educação de excelência e formar alunos preparados para os desafios do futuro.
Para encerrar a primeira temporada da série sobre empreendedorismo em Itupeva, a Folha de Itupeva apresenta a inspiradora trajetória do Colégio Trevo. Para contar essa história, conversamos com a pedagoga, empresária e proprietária Katherine Pascoalino Passos.

A história da instituição acompanha as transformações na educação brasileira, marcada pela busca constante por metodologias mais participativas e inclusivas. Do ensino tradicional, centrado na memorização, até práticas que valorizam a autonomia do aluno, inspiradas em pensadores como Jean Piaget, o cenário educacional se renovou no Brasil, abrindo espaço para experiências inovadoras.
É nesse contexto de evolução que o Colégio Trevo se consolidou, unindo tradição, inovação pedagógica e o olhar empreendedor de seus fundadores.
A origem do sonho e o crescimento planejado
A ideia inicial de Katherine, que tinha fortes laços com Itupeva por passar os fins de semana na chácara da família desde criança, era iniciar um negócio de transporte escolar. No entanto, a visão de empreender na área da educação surgiu de sua mãe, Maria Cecília Costal, professora e psicóloga, que identificou uma carência por boas escolas na cidade e se tornou a primeira sócia do colégio, ao lado de Katherine.
Foi a mãe de Katherine quem sugeriu o nome Trevo com as quatro folhas representando os pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
O Colégio Trevo foi inaugurado em 1996, iniciando suas atividades com a Educação Infantil. O começo foi marcado por desafios de infraestrutura. Itupeva ainda era uma cidade com várias ruas não asfaltadas, mas com um ambiente acolhedor. Mesmo assim, a ousadia delas se mostrou desde o primeiro ano, quando a escola, com apenas 17 alunos, resgatou o tradicional desfile de 7 de setembro na cidade, um evento que não acontecia há anos.

Com o crescimento da escola e o aumento do trabalho, Maria Cecília decidiu não mais conciliar a vida particular com a gestão do colégio. Foi então que Katherine passou a administrar sozinha, até que o empreendedorismo familiar se consolidou de vez: seu esposo, Fábio Passos, vendeu a participação que tinha em uma empresa de transportes para investir no negócio.
O crescimento foi gradual e planejado, com a expansão para o Ensino Fundamental I e II em 1998 e, em 2004, para o Ensino Médio, sempre adicionando um ano letivo por vez para garantir uma estrutura sólida e preparada para a demanda crescente.
Katherine recorda que o maior desafio no início foi conquistar a confiança da população. Acreditando em um padrão de ensino de alta qualidade, o Colégio Trevo precisou mudar uma percepção comum na época, que levava muitos pais a matricularem seus filhos em escolas de Jundiaí. Com o tempo, a instituição se tornou referência, atraindo alunos de cidades vizinhas e provando que não era preciso sair de Itupeva para ter uma educação de excelência.
“Ninguém precisa sair da cidade de Itupeva para ter uma boa qualidade na educação. O interessante é que, mesmo no início, tínhamos muitos alunos que eram de fora. Os pais que vinham morar aqui identificavam o ensino como muito parecido com a qualidade e a estrutura do colégio onde o filho estudava em São Paulo, Campinas e região. Hoje, temos alunos de praticamente todas as cidades vizinhas,“ afirma.
Atualmente, o casal conta com a participação do filho, Fábio Pascoalino Passos, que cresceu dentro da escola, na gestão do negócio. Katherine segue à frente da área pedagógica, enquanto o esposo e o filho assumem o setor administrativo e financeiro, unindo a paixão pela educação à visão empreendedora.
Inovação e o papel da tecnologia
A busca por excelência se manifesta na filosofia da escola. Os valores de Saber, Ética, Trabalho e Progresso são os alicerces que guiam a formação integral do aluno. A gestão entende que a educação vai além do conhecimento e investe em atividades como esportes e música, reconhecendo a importância do desenvolvimento físico e emocional, especialmente em uma era de grande exposição digital.
O programa Nave à Vela, com sua metodologia "mão na massa", desafia os alunos a resolverem problemas e a colocarem a teoria em prática, preparando-os para os desafios do futuro.
Durante a pandemia, a escola teve sua capacidade de adaptação posta à prova. A parceria com o sistema de ensino Positivo, já familiarizado com recursos digitais, tornou a transição para o ensino a distância mais suave do que se imaginava. O maior desafio foi convencer pais e professores de que o modelo poderia funcionar. A experiência, no entanto, deixou como legado inovação e união, fortalecendo ainda mais a equipe.
O sucesso do programa bilíngue e o legado para a cidade
O Colégio Trevo celebra o sucesso do seu programa bilíngue com certificação Cambridge, vendo ex-alunos se destacarem e até mesmo retornarem como professores. Para Katherine, a maior recompensa não está nos prêmios, mas no impacto diário que a escola tem na vida dos alunos e de suas famílias. Esse legado se traduz no retorno de ex-alunos que matriculam seus próprios filhos, confiantes na qualidade e na tradição da instituição.
Após anos dedicados à educação e ao crescimento do Colégio Trevo, observando de perto os desafios e conquistas de empreender em Itupeva, Katherine compartilha um conselho para quem chega à cidade com o desejo de construir algo próprio:
"É preciso ter os pés no chão, mas também não ter medo de ousar. Mais importante ainda é a pesquisa e o planejamento, pois apenas a paixão não é suficiente para superar os desafios."
A história do Colégio Trevo é um testemunho da paixão pela educação e da dedicação de uma família que ajudou a construir a história de uma cidade.
Com o fim da primeira temporada da série sobre empreendedorismo local, a Folha de Itupeva prepara uma nova série, que será lançada em breve