Câncer que vitimou Preta Gil é um dos mais comuns entre os brasileiros
Os cânceres de cólon e reto são os terceiros mais frequentes no país, com cerca de 45 mil novos casos ao ano.
A morte da cantora e empresária Preta Gil, no último domingo (20), trouxe à tona um tema de saúde pública que ainda carece de atenção: o câncer de intestino. A artista foi vítima de um tipo de tumor que, apesar de silencioso, é um dos mais comuns no país.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os cânceres de cólon e reto são os terceiros mais frequentes no Brasil, com cerca de 45 mil novos casos ao ano, número que coloca a doença entre as mais incidentes, especialmente na Região Sudeste e entre as mulheres.
Um dos grandes desafios é o diagnóstico tardio. Como os sintomas costumam surgir apenas em estágios avançados, as chances de tratamento eficaz diminuem consideravelmente. Por isso, especialistas recomendam que pessoas com fatores de risco iniciem os exames de rastreamento antes mesmo dos 50 anos, a idade indicada para a população em geral.
O cirurgião gastrointestinal Lucas Nacif, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, explica que o câncer costuma se originar de lesões benignas, como pólipos, o que exige atenção redobrada de quem já possui esse histórico. Condições como Doença de Crohn e inflamações intestinais crônicas também aumentam o risco, assim como hábitos de vida pouco saudáveis, incluindo sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e alimentação rica em ultraprocessados.